26 de nov. de 2011

Literatura de Cordel


A literatura de Cordel é uma espécie de poesia popular. divulgada em folhetins ilustrados. Ela chegou no Brasil através dos Portugueses. Geralmente são expostos ao povo amarrados em cordões.
Esta forma de literatura é muito trabalhada na Região Nordeste. São confeccionados os livrinhos, contando sempre histórias de heróis, política, de algum caso de amor, desilusão, secas, milagres, brigas. Destacando sempre a cultura do povo nordestino, com suas lendas, mitos, contos, provérbios, sendo transmitidos de geração em geração.Muitos desses poemas são acompanhados por violões, sendo recitados em praças.
Para complementar e enriquecer o nosso Projeto de Literatura, o professor, do quinto ano criou a história e os alunos dramatizaram em forma de Cordel:

História da Árvore de Cordel

O sonho de Brasilino, menino da cidade grande, era conhecer seu avô que morava no meio do sertão.
Sonho este que iria realizar, pois as férias já estavam por começar.
Seu pai sempre lhe contava as histórias do avô, que ouviu dele quando menino lá no meio do sertão, que fala de uma árvore que dava um fruto diferente, que não era de comer, mas alimentava muita gente.
Conta que perto da árvore tinha um açude, açude de água bem limpinha, coisa que no sertão não tinha.
Lugar mágico no meio da seca.
Muito curioso o menino era louco de vontade de conhecer o sertão, não sabia nada desta região, de terra seca e sol de montão.
No dia 20 de dezembro 2010, viajava de avião rumo ao sertão, o homenzinho da capital iria conhecer o velho avô.
Ao chegar conheceu um mundo muito diferente, nunca pensou em conhecer um lugar tão seco e de bicharada magra como ali vivia.
Nada lembrava a cidade em que mora, mas como menino muito curioso logo deu um jeito de conhecer tudo.
Ao conhecer seu avô logo pediu para ele contar uma história, sem muita cerimônia Sr. Zuza sorriu de uma orelha a outra, e com muito carinho iniciou o conto da árvore de cordel.
O menino nem piscava, parecia uma estátua.
O velho avô, fala do fruto que era um livro; e que a árvore falava e era muito inteligente, e que tudo isso estava no meio do sertão.
Brasilino perguntou ao avô, como poderia chegar nesta árvore, a resposta foi simples: “--É só através da sua imaginação, meu neto”.
Naquela noite, o menino dormiu bem tarde e quando acordou foi embaixo de uma árvore.
Nossa que susto ele tomou, logo ouviu alguém falar bom dia, mas não sabia quem falou.
E logo a dona árvore respondeu: “-- Fui eu quem lhe falou minha criança”.
O menino não assustou, pois a árvore já era conhecida por ele nas histórias de seu avó, mas seus olhos se voltaram aos galhos cheios de livros, e ali estava algo que ele tanto queria ler: várias histórias, contos e fábulas.
Sem muita demora o menino perguntou: “-- Posso colher um livro”. Então, a árvore respondeu: “—Sim. Mas, primeiro me prometa que vai ler ele por completo, pois cada livro tem uma história diferente, caso você não leia perderei uma semente”.
Brasilino respondeu: “-- Será uma honra ler este livro do início ao fim, pois gosto de ler uma boa história, viajar em cada conto, em cada fábula é algo que adoro fazer”. Neste momento a árvore falou: “-- Pegue um livro no galho da frente, o de capa amarela”. O menino logo se sentou na sombra da árvore e por ali ficou até ler o fim do livro.
O curioso menino agradeceu pelo livro e perguntou por que o açude era cheio de letras, com um sorriso respondeu a árvore: “--É ele quem ajuda com as palavras dos livros”.
Meu avó me contou que você vive no meio do sertão, mas aqui não tem seca, tudo é verde, e a árvore respondeu: “—É menino, talvez a seca está na vida de todos nós, mas não na nossa imaginação, pois nela posso viver da forma que você imaginar...”E assim o menino colheu e leu vários livros, até que dormir novamente na sombra da árvore; acordou na cama da casa do Sr. Zuza com o galo cantando pela manhã, com um livro na mão, de título bem conhecido pelo menino “Árvore de contos”, neste momento pensou se seria sua imaginação. Então, deste dia em diante, ele sempre lia bons livros e estudava bastante, pois queria ser um escritor.

Rodrigo Pimentel





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