PROJETO DA ESCOLA INTEGRAL
O presente Plano de Ação discute e sugere mudanças necessárias que possam contribuir efetivamente para a qualidade da educação integrada e, ainda, chamar a atenção da comunidade e corpo docente para o momento educacional que se vivencia e a participação efetiva de todos para o sucesso da implantação do ensino em tempo integral nesta Unidade Pública de Ensino.
A idéia de transformar a educação pública, ampliando suas atividades em horário integral, seja reformando e construindo espaços como laboratórios, biblioteca, quadra de esportes, cozinha industrial e refeitório, banheiros com chuveiros e espaços para oficinas pedagógicas, além das salas de aula, torna possível e real o projeto de elevar o ensino e melhorar a qualidade de vida dos alunos.
É bem verdade que há diferentes concepções sobre a organização do trabalho pedagógico nos espaços de educação em tempo integral. O importante é que o referido projeto visa ao aprimoramento e maior organização administrativa e pedagógica da escola, a fim de desenvolver atividades de cunho sócio-cultural, cognitivo e psicomotor, em horário contrário e paralelamente às atividades cotidianas já desenvolvidas no horário das aulas.
O atendimento às crianças no contra turno escolar, objetiva, também, dar suporte ao ensino já ministrado diariamente, em atendimento à diminuição da evasão e repetência, tendo em vista a diversidade de propostas de atividades que será perfeitamente possível desenvolver e que aqui se propõe.
Durante o processo de execução deste projeto, direção, supervisores, equipes pedagógicas, professores, alunos, pais e comunidade em geral devem levantar todos os recursos necessários e possíveis, definir metas claras visando à integração do ensino, definir diferentes funções que possam aproximar a comunidade escolar nesse processo, identificar possíveis problemas que possam ser sanados com um bom planejamento e prover manutenção e suporte rotineiramente. É importante, ainda, rever os atuais processos pedagógicos da escola e adaptar, o que for possível, às metas do ensino integrado. É imprescindível o envolvimento de todos e o devido reconhecimento de seus esforços, para que o projeto do ensino integrado seja efetivado com sucesso.
OBJETIVOS/METAS:
· Orientar a confecção e utilização de jogos didáticos em diferentes níveis de ensino, mobilizando de forma lúdica, o desejo de aprender, a curiosidade e o prazer, auxiliando a promoção do desenvolvimento da motricidade, das competências e habilidades cognitivas (especialmente o raciocínio lógico matemático, linguagem e socialização).
· Elevar os níveis de aprendizagem, bimestralmente, oferecendo suporte técnico e pedagógico ao corpo docente.
· Desenvolver um trabalho interdisciplinar que proporcione uma maior integração e aprendizado dos alunos em defasagem idade/série.
· Reduzir os índices de retenção escolar.
PÚBLICO-ALVO:
10% dos alunos
Inicialmente, o projeto será desenvolvido com 60 alunos do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental, sendo 30 com defasagem idade/série e 30 com bom desempenho escolar, no intuito de proporcionar a cooperação no que se refere às lacunas de aprendizagem e convívio social, pautados no respeito e no relacionamento cordial entre os alunos, tornando possível a inclusão de todos no processo. As atividades serão desenvolvidas na própria escola.
METODOLOGIA:
No 1º bimestre, aproximadamente, 60 alunos do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental permanecerão na escola em tempo integral nas terças, quartas e quintas, no período matutino de 9h às 18h e no vespertino de 7h30min às 16h, onde participarão do Projeto “Construindo e aprendendo”. No primeiro momento, serão selecionados alunos com defasagem idade/série e com bom desempenho escolar. Posteriormente, haverá um rodízio de acordo com a evolução dos alunos, momento em que novos educandos serão selecionados.
No período contrário à aula, os alunos irão para sala da Educação Integral, espaço ludo-pedagógico, preparada com materiais diversos: mesas, tapetes, alguns modelos de jogos, revistas, cola, tesoura, papéis coloridos, entre outros. Na sala, serão divididos em equipes compostas por alunos com defasagem e com bom desempenho escolar, onde, com auxílio de um professor e monitores qualificados, confeccionarão jogos educativos, escolhidos anteriormente pela equipe envolvida no projeto. Após a confecção, o professor junto com os alunos explorará o jogo de diversas formas, descobrindo novas estratégias de jogá-lo. Em seguida, os alunos terão a oportunidade de fazer colocações sobre o jogo, como, o que aprendeu, se foi prazeroso, o que faltou.
No decorrer do processo os professores oferecerão uma variedade de atividades e jogos, dentre os quais: bingo matemático, bingo de letras, jogo da velha diferente, forme palavras, jogo da memória, trilha, jogo de cartas e também realizarão jogos cooperativos e competitivos na quadra de esportes e pátio. A idéia é usar jogos como ferramenta de aprendizagem, pois os jogos permitem um ajuste de nível de dificuldade conforme as habilidades do jogador, provêem um feedback claro e imediato de atividades desenvolvidas em sala, além de oportunizar a colaboração e socialização.
OPERACIONALIZAÇÃO:
· Alimentação escolar:
- Terceirizada
· Projetos:
- Projeto “CONTRUINDO E APRENDENDO”.
- Serão necessários, no mínimo, um bolsista, preferencialmente, com habilidades em educação física e artes plásticas.
· Espaços que serão utilizados:
- A própria escola (sala da Educação Integral, quadra de esporte e pátio).
· Período da realização dos projetos:
- Dias (terças, quartas e quintas).
· Parcerias:
- Serão necessários novos parceiros para o desenvolvimento do Projeto “Construindo e aprendendo”, já que serão utilizados muitos materiais de papelaria e marcenaria.
· Cursos de capacitação:
-Para o aperfeiçoamento contínuo do projeto é fundamental que professores e equipe pedagógica façam cursos, dentre outros, voltados para confecção e utilização de jogos na aprendizagem.
· No decorrer do ano letivo.
AVALIAÇÃO:
Muitas vezes o erro é observado meramente como um indicador do mau desempenho do aluno e sua incapacidade em assimilar conhecimento. O educando é estigmatizado e visto, ainda, como principal responsável pelos erros cometidos. Essas falhas, na verdade, deveriam ser utilizadas e exploradas como índice de redimensionamento do processo ensino-aprendizagem. É importante que o erro seja encarado como instrumento de mensuração, em que todos os segmentos possam estar envolvidos num processo de auto-avaliação, identificação dos problemas e atuantes na solução dos mesmos.
Para tanto, a avaliação do projeto em questão será mediante o acompanhamento das atividades, verificando o crescimento de cada aluno de acordo com sua individualidade, sempre incentivando a troca de vivências e a interação entre os educandos e educadores. O desenvolvimento do aluno também servirá como critério de promoção para série seguinte, em caso de defasagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
- MAURÍCIO, L. V.; SILVA. Educação Integral em tempo integral: construindo conceitos.2007)
- ESTEBAN, M. T. A avaliação no cotidiano escolar. In esteban, m.t. (org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de janeiro. Dp&a, 1999, pág.7-28.
- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB - art.34 e 87) e (LDB, art. 3, item 10).